quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A Economia da Caça


Esta semana debruçamo-nos sobre um dos principais meios de subsistência dos Homens pré-históricos: a caça.



Há cerca de 40 milénios, a humanidade atingiu a última fase do seu desenvolvimento biológico: uma só espécie, o Homo sapiens sapiens, passou a povoar o planeta. O termo desta evolução correspondeu a um grande salto em frente no progresso das sociedades. Entre os 35 mil e os 12 mil anos, no período Paleolítico Superior, surgiram grupos humanos com um nível de cultura já bastante avançado.

Era o tempo da última da glaciação e por isso grande parte das terras e dos mares do Norte estavam cobertos de gelos. Mas os habitantes das terras frias, que ficavam na orla dos glaciares, souberam triunfar das condições adversas do clima. Aproveitando a existência de uma fauna abundante e variada, organizaram a sua vida essencialmente em função da caça. Tratava-se da caça a animais de grande porte (mamutes, renas, ursos, bisontes) que lhes ofereciam uma enorme diversidade de recursos: a carne, a gordura e as peles; os ossos, os chifres e o marfim. Podiam deste modo dispor de uma alimentação rica em calorias, de materiais para se protegerem do frio e de matérias-primas para o fabrico de utensílios.

A caça tornou-se tarefa colectiva. Efectivamente, nas épocas propícias, organizavam-se grandes caçadas, as quais só eram possíveis porque estes caçadores-recolectores tinham uma mais forte organização social e naturalmente porque dispunham de novos instrumentos.


A economia de caça implicava uma grande complexidade de tarefas e, consequentemente, o uso de instrumentos mais especializados. Eram fabricados em pedra, usando uma técnica de lascagem aperfeiçoadíssima e também em osso, chifre e marfim.
Além de machados, de lâminas e de outros instrumentos cortantes, produziam-se armas de arremesso destinadas à caça e eventualmente à guerra e com as quais se podiam matar à distância as presas ou inimigos. Eram as pontas de lança e de azagaia, encabadas em hastes de madeira ou de osso. Só alguns milénios mais tarde os últimos caçadores-recolectores viriam a inventar o arco e a flecha.

Outros instrumentos serviam para diversas tarefas: os arpões de osso ou de chifre para a pesca, que era igualmente uma importante actividade económica; os buris, raspadores e furadores para o amanho da caça, o tratamento das peles, a confecção do vestiário ou a feitura de objectos de adorno.


Encontramo-nos para a semana*

3 comentários:

Anónimo disse...

Ola! Bem... o artigo desta semana está muito interessante. A caça é, sem dúvida, uma das actividades fundamentais para a sobrevivência do Homem, e do desenvolvimento deste, surgindo uma sociedade cada vez mais autónoma, e, assim, desenvolveram-se instrumentos cada vez mais especializados e eficazes.
Espero pelo próximo artigo. Beijos.

Anónimo disse...

Oi meninas! Frequento a mesma escola que voces.. e deixem-me que vos diga... Adorei! Continuem assim! Beijos.

Anónimo disse...

Um tema, sem dúvida, mto interessante... um trabalho, sem dúvida, mto bem estruturado... um empenho, sem dúvida, visível... Continuem o bom trabalho... =D***