quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

As gravuras rupestres do Vale do Côa







Olá a todos! Esta semana gostaríamos de partilhar com o nosso estimado público mais um artigo e este de particular importância...

Trata-se de algo que faz parte do património português, algo "nosso" que não poderíamos deixar de tratar aqui neste espaço!



As gravuras rupestres do Vale do Côa são uma das maiores revelações da arqueologia do século XX e são um motivo de orgulho e reconhecimento para a nossa sociedade!


Em fins de 1994 foi revelado ao público e à comunidade arqueológica um conjunto enorme de gravuras rupestres que se encontravam nas margens do rio Côa, um afluente da margem esquerda do rio Douro, no NE de Portugal, junto à fronteira espanhola.

Tendo-se verificado, pelo estilo, que tais gravuras, cujo número se multiplicava de dia para dia, só podiam datar do Paleolítico superior, fomos-nos consciencializando de que estávamos perante uma descoberta excepcional. Não só para Portugal, mas para a arqueologia em geral. Aquilo que era considerado a “origem” da “arte”, a marca mais distintiva da nossa própria espécie, deixavam de ser uma manifestação de penumbra ou de escuridão, “uma arte das cavernas”, de locais fechados e circunscritos, para ser também e sobretudo uma “arte de ar livre”, que só se conservou milagrosamente nalguns pontos do nosso planeta. E se Portugal foi um desses pontos, a nossa responsabilidade tornou-se enorme.


Quem se dirigir a Vila Nova de Foz Côa (distrito da Guarda) poderá assistir a centenas de figurações praticadas nas superfícies verticais das rochas xistoso – grauváquicas do Côa e do Douro há dezenas de milhares de anos pelas comunidades de caçadores – recolectores do paleolítico superior: basicamente entre c. de 25000 e c. de 10000 a.C. Os núcleos que poderá observar são para já os da Canada do Inferno, Penascosa, e Ribeira de Piscos


Estas “figuras” aparentemente representam mamíferos herbívoros selvagens, uns de grande porte, equídeos e bovídeos, outros de menor tamanho, caprídeos e cervídeos. Em geral, não são concebidos isoladamente, mas também não compõem cenas descritivas da “vida real”.

A arte do Côa testemunha no nosso território um dos momentos mais importantes em que os ser humano marcou o espaço com símbolos, e , a esse título deve ser estudada e respeitada como um dos grandes momentos que possuímos e de que fomos fiéis depositários perante a humanidade inteira.

Curiosidade: O Côa é o único bem arqueológico português classificado pela UNESCO como património da humanidade (1998).


Adeus e até para a semana e, já agora, visitem a arte rupestre do Vale do Côa! Com certeza não se irão arrepender! **** =D

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A arte rupestre





Esta semana decidimos focar-nos em mais uma actividade que ocupava grande parte do tempo dos nossos antepassados.








Os hominídeos não se limitavam a procurar a subsistência. Tinham preocupações mais elevadas, que conduziram ao desenvolvimento da arte.


A arte rupestre:
Foi certamente para exprimirem os seus sentimentos que os grandes caçadores criaram as primeiras obras de arte.

As mais notáveis dessas obras são as pinturas e as gravuras rupestres que aparecem nas paredes de muitas cavernas, especialmente em França e em Espanha, ou em rochas ao ar livre, como em Portugal. Trata-se de representações de animais – bisontes, cavalos, mamutes, veados, etc. – misturados, com algumas raras figuras humanas, mãos e outros sinais de difícil interpretação. Os animais mais representados, o touro e o cavalo, deveriam simbolizar as forças sobrenaturais – a fecundidade e o poder - que os homens veneravam e em volta das quais imaginavam, talvez, belos mitos ou histórias sagradas.

Estas maravilhosas imagens, pintadas com uma gama variada de cores, castanhos, ocres, vermelhos, representam a vida animal com extraordinário naturalismo, isto é, de forma muito aproximada ao que podemos observar na Natureza. O mesmo naturalismo se encontra nas figuras de animais esculpidas em pequenas peças de chifre ou de marfim. Mas não menos notáveis pela sua força expressiva são as pequenas figurinhas, a que chamamos “Vénus” e que tinham certamente um carácter mágico-religioso, constituindo símbolos de fecundidade.

Em conclusão, a arte dos grandes caçadores prova que o Homem atingira, entre 25 e 12 mil anos
atrás, um elevado nível cultural.


Até para a semana!*****

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A Economia da Caça


Esta semana debruçamo-nos sobre um dos principais meios de subsistência dos Homens pré-históricos: a caça.



Há cerca de 40 milénios, a humanidade atingiu a última fase do seu desenvolvimento biológico: uma só espécie, o Homo sapiens sapiens, passou a povoar o planeta. O termo desta evolução correspondeu a um grande salto em frente no progresso das sociedades. Entre os 35 mil e os 12 mil anos, no período Paleolítico Superior, surgiram grupos humanos com um nível de cultura já bastante avançado.

Era o tempo da última da glaciação e por isso grande parte das terras e dos mares do Norte estavam cobertos de gelos. Mas os habitantes das terras frias, que ficavam na orla dos glaciares, souberam triunfar das condições adversas do clima. Aproveitando a existência de uma fauna abundante e variada, organizaram a sua vida essencialmente em função da caça. Tratava-se da caça a animais de grande porte (mamutes, renas, ursos, bisontes) que lhes ofereciam uma enorme diversidade de recursos: a carne, a gordura e as peles; os ossos, os chifres e o marfim. Podiam deste modo dispor de uma alimentação rica em calorias, de materiais para se protegerem do frio e de matérias-primas para o fabrico de utensílios.

A caça tornou-se tarefa colectiva. Efectivamente, nas épocas propícias, organizavam-se grandes caçadas, as quais só eram possíveis porque estes caçadores-recolectores tinham uma mais forte organização social e naturalmente porque dispunham de novos instrumentos.


A economia de caça implicava uma grande complexidade de tarefas e, consequentemente, o uso de instrumentos mais especializados. Eram fabricados em pedra, usando uma técnica de lascagem aperfeiçoadíssima e também em osso, chifre e marfim.
Além de machados, de lâminas e de outros instrumentos cortantes, produziam-se armas de arremesso destinadas à caça e eventualmente à guerra e com as quais se podiam matar à distância as presas ou inimigos. Eram as pontas de lança e de azagaia, encabadas em hastes de madeira ou de osso. Só alguns milénios mais tarde os últimos caçadores-recolectores viriam a inventar o arco e a flecha.

Outros instrumentos serviam para diversas tarefas: os arpões de osso ou de chifre para a pesca, que era igualmente uma importante actividade económica; os buris, raspadores e furadores para o amanho da caça, o tratamento das peles, a confecção do vestiário ou a feitura de objectos de adorno.


Encontramo-nos para a semana*

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Vivência. Cooperação. Desenvolvimento de uma sociedade.





Para dar continuidade ao artigo publicado na semana anterior, esta semana decidimos focar-nos na vida recolectora e na importância da vida em sociedade dos nossos antepassados.





Apesar do avanço técnico alcançado, os homens tinham que travar uma luta árdua para obter os meios de subsistência.

A sua actividade fundamental consistia na procura de alimentos: colhiam grãos, frutos e raízes, caçavam, apanhavam peixes e moluscos. Viviam, portanto, exclusivamente da recolha ou recolecção dos bens que a Natureza colocava ao seu dispor.

De todas as actividades da economia recolectora, a mais importante, que fornecia a base da alimentação era a colheita de vegetais. No entanto, a caça foi ganhando um papel cada vez mais importante, à medida que os homens iam possuindo armas mais poderosas e inventavam armadilhas engenhosas para capturar as presas. Em escavações efectuadas nos acampamentos do Homo erectus apareceram vestígios de caça a animais de grande porte: ossadas de cavalo selvagens, de veados e até de elefantes.

A recolecção era um modo de vida incerto. Quando a seca ou os rigores do Inverno assolavam uma região, provocando o desaparecimento da vegetação e a fuga da caça, só restava aos grupos que aí habitavam procurarem outros lugares, onde pudessem achar água ou alimentos. A actividade recolectora conduzia, pois, ao nomadismo. Todos os grupos humanos vivem num determinado território, cujo domínio procuram defender e onde constroem o seu habitat. O mesmo acontecia com os nómadas recolectores. Ocupavam um território durante largas temporadas e apenas se deslocavam pressionados pela alteração das condições naturais.

Os primeiros homens escolhiam para habitar lugares situados junto dos lagos e dos cursos de água e onde abundassem a vegetação e a fauna. Era aí que os bandos de Homo habilis montavam os seus acampamentos, defendidos por vezes com barreiras feitas de pedregulhos. Por sua vez, o Homo erectus construía já habitações (cabanas de pedras e troncos, tendas de peles) e, quando vivia em regiões mais frias, procurava abrigo nas grutas.

Todos estes vestígios do habitat humano mostram que o Homem foi desde sempre um ser social. Vivia em pequenos bandos que, embora sejam grupos não organizados, contribuíram para aumentar as suas possibilidades de defesa e para estimular as suas capacidades criadoras. Foi graças à vida em grupo que o Homem desenvolveu pouco a pouco a linguagem e a comunicação, inventou técnicas e pôde aperfeiçoá-las e transmiti-las.


Podemos concluir que a luta pela sobrevivência tornou-se fruto da cooperação e do esforço colectivo, permitindo ao Homem vencer os obstáculos e desafios levantados pela Natureza e, deste modo, desenvolver uma população mais autónoma.


Com os cumprimentos do grupo*

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

As Primeiras Conquistas do Homem


Olá amantes da evolução! O artigo desta semana centra-se no nascimento de algumas técnicas primitivas, tal como o fabrico de instrumentos e a descoberta do fogo.


Os primeiros instrumentos foram criados pelo Homo habilis. Eram simples seixos de pedra, quebrados numa das extremidades para se obterem arestas cortantes. No entanto, apesar de muito simples, não eram feitos ao acaso. Exigiam o domínio de uma técnica, isto é, de processos especiais de trabalho, inventados pelo Homem e transmitidos de geração em geração.

A técnica de trabalhar a pedra evoluiu com o Homo erectus, que conseguiu produzir bifaces, machados talhados em toda a sua superfície.
Há cerca 150 mil anos o Homo sapiens inventou pequenos raspadores, lâminas, buris e pontas de lança utilizando lascas provenientes da confecção de outros instrumentos.

Os Homens passavam, assim, a dispor de um variado conjunto de instrumentos, desde poderosas armas de arremesso para caça até pequenos utensílios, com os quais podiam, por exemplo, preparar as peles.

O fabrico de instrumentos foi o primeiro acto revelador de capacidades humanas. Ao produzir o fogo, o Homem deu um novo passo, ainda mais decisivo, para dominar a Natureza.

Os mais antigos vestígios do uso do fogo foram encontrados em acampamentos do Homo erectus, com cerca de 400 mil anos. É de crer que o Homem tenha inicialmente aprendido a conservar o fogo de origem natural ou acidental (resultante, por exemplo, de um raio ou de uma faísca que saltasse na lascagem da pedra). Só mais tarde teria descoberto os processos de produzi-lo intencionalmente, friccionando dois bocados de madeira ou percutindo duas pedras.

As consequências da descoberta do fogo foram imensas. Melhorou o regime de alimentação, proporcionou uma defesa eficaz contra as feras e veio trazer protecção contra o frio.
Fonte de luz e calor, o fogo deu aos Homens mais segurança contra os perigos e terrores que os assaltavam e talvez tenha até contribuído para estreitar os laços de solidariedade entre os membros dos bandos que se juntavam à noite em volta das fogueiras.

Saudações do grupo*

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O começo da Aventura Humana


Ao longo desta semana de investigação reunimos novos dados relevantes para o nosso trabalho relativos à evolução do Homem na Pré-História. Para isso recorremos a revistas ("Super Interessante"), livros ("História Cronos") e artigos na Internet (site: Wikipédia).
As mudanças ocorridas na Pré-História foram muito lentas. No entanto, estas foram extremamente importantes, sem as quais não poderiam ter aparecido as sociedades e os hábitos mais sofisticados dos tempos históricos.
Desde a Pré-História que os seres humanos começaram a desenhar, a decorar e a esculpir para exprimirem as suas ideias e as suas preocupações.
Como evoluiu, então, o Homem na Pré-História ?
O primeiro hominídeo, o Australopiteco, viveu na África Austral, desde há 5 milhões de anos, e desapareceu há 1 milhão de anos.
Seguidamente, viveu o Homo habilis que já fabricava instrumentos desde há 2 500 000 anos e desapareceu há 1 milhão anos.
O Homo erectus foi o primeiro hominídeo a andar em posição totalmente erecta. Este viveu desde há 2 milhões de anos e desapareceu há 50 000 anos.
O Homo sapiens só aparece depois destes, há cerca de 100 000 anos.
O género mais antigo era o Homem de Neandertal e o mais recente, com características do homem actual, apareceu há 40 000 anos, é o Homo sapiens sapiens.
Esta é a provável evolução do Homem, na qual nos vamos centrar nos próximos artigos, e abordar aspectos como: modos de vida, instrumentos de trabalho, estrutura humana, actividades e algumas curiosidades.

Observação:
Queremos agradecer a todas as pessoas que visitam e comentam o nosso blog, em especial ao visitante "Pedro Teixeira" pelos seus assíduos comentários que nos têm incentivado bastante.

Com os cumprimentos do grupo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O que é a Evolução Biológica?


Esta semana partilhamos com vocês o que achamos ser a base da nossa investigação!




Evolução no sentido mais amplo explica que o que nós vemos hoje é diferente do que existiu no passado. Galáxias, estrelas, Sistema Solar e Terra mudaram com o passar do tempo, e assim também a vida na Terra.


Evolução biológica refere-se a mudanças em seres viventes durante a história da vida na Terra. Explica que estes seres evoluíram de antepassados comuns. Com o passar do tempo, processos biológicos como a selecção natural dão lugar a novas espécies. Darwin chamou este processo de "descendência com modificações" que permanece uma boa definição de evolução biológica até hoje.


Esta teoria foi bem sucedida e tirada de uma variedade de fontes de dados, inclusive observações sobre o registo fóssil, informação genética, distribuição de plantas e animais e as semelhanças de anatomia e desenvolvimento entre diferentes espécies. Os cientistas deduziram que a "descendência como modificação" oferece a melhor explicação científica para estas observações, no qual as populações se dividiram de uma para a outra, e gradualmente ficaram diferentes.


À medida que as populações se tornam isoladas entre si, elas deixam de compartilhar genes, e as diferenças genéticas, eventualmente, aumentam até que os membros do grupo já não se podem cruzar. Através do tempo, elas tornam-se espécies separadas e podem dar lugar a novas espécies.




Com as saudações do grupo: Lipa*, Ana Si*, Filipa*, Juli*, e Shia*!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Qual a influência da evolução tecnológica na evolução natural da espécie humana ?



Bem-vindos ao nosso blog!




Nós, Ana Filipa, Ana Sílvia, Filipa, Juliana e Sofia, somos um grupo de cinco alunas do 12.º ano, turma B da Escola Secundária da Sé- Guarda, que no âmbito da disciplina de Área de Projecto, vimos por este meio divulgar o nosso trabalho, que tem como tema "Evolução Humana".
Como problema enfrentamos a seguinte questão: " Qual a influência da evolução tecnológica na evolução natural da espécie humana?".
As principais razões pelas quais escolhemos este tema prendem-se essencialmente com o facto de se integrar na área de Biologia e abordar temas transversais às várias disciplinas numa perspectiva de educação para a cidadania.
Tendo por base a curiosidade em aprofundar conhecimentos sobre a evolução do Homem relativamente ao passado, a situação actual e especulações em relação ao futuro, propomo-nos a investigar recorrendo a vários recursos, tais como, internet, revistas, exposições, filmes...
Como método de apresentação à comunidade escolar decidimos criar este blog que iremos actualizar sempre que reunirmos informação relevante.
Esperamos cativar a vossa atenção e que nos acompanheis ao longo do ano dando a vossa opinião de forma a podermos melhorar os nossos métodos de trabalho e os conteúdos.


Com os cumprimentos do grupo.