quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Vivência. Cooperação. Desenvolvimento de uma sociedade.





Para dar continuidade ao artigo publicado na semana anterior, esta semana decidimos focar-nos na vida recolectora e na importância da vida em sociedade dos nossos antepassados.





Apesar do avanço técnico alcançado, os homens tinham que travar uma luta árdua para obter os meios de subsistência.

A sua actividade fundamental consistia na procura de alimentos: colhiam grãos, frutos e raízes, caçavam, apanhavam peixes e moluscos. Viviam, portanto, exclusivamente da recolha ou recolecção dos bens que a Natureza colocava ao seu dispor.

De todas as actividades da economia recolectora, a mais importante, que fornecia a base da alimentação era a colheita de vegetais. No entanto, a caça foi ganhando um papel cada vez mais importante, à medida que os homens iam possuindo armas mais poderosas e inventavam armadilhas engenhosas para capturar as presas. Em escavações efectuadas nos acampamentos do Homo erectus apareceram vestígios de caça a animais de grande porte: ossadas de cavalo selvagens, de veados e até de elefantes.

A recolecção era um modo de vida incerto. Quando a seca ou os rigores do Inverno assolavam uma região, provocando o desaparecimento da vegetação e a fuga da caça, só restava aos grupos que aí habitavam procurarem outros lugares, onde pudessem achar água ou alimentos. A actividade recolectora conduzia, pois, ao nomadismo. Todos os grupos humanos vivem num determinado território, cujo domínio procuram defender e onde constroem o seu habitat. O mesmo acontecia com os nómadas recolectores. Ocupavam um território durante largas temporadas e apenas se deslocavam pressionados pela alteração das condições naturais.

Os primeiros homens escolhiam para habitar lugares situados junto dos lagos e dos cursos de água e onde abundassem a vegetação e a fauna. Era aí que os bandos de Homo habilis montavam os seus acampamentos, defendidos por vezes com barreiras feitas de pedregulhos. Por sua vez, o Homo erectus construía já habitações (cabanas de pedras e troncos, tendas de peles) e, quando vivia em regiões mais frias, procurava abrigo nas grutas.

Todos estes vestígios do habitat humano mostram que o Homem foi desde sempre um ser social. Vivia em pequenos bandos que, embora sejam grupos não organizados, contribuíram para aumentar as suas possibilidades de defesa e para estimular as suas capacidades criadoras. Foi graças à vida em grupo que o Homem desenvolveu pouco a pouco a linguagem e a comunicação, inventou técnicas e pôde aperfeiçoá-las e transmiti-las.


Podemos concluir que a luta pela sobrevivência tornou-se fruto da cooperação e do esforço colectivo, permitindo ao Homem vencer os obstáculos e desafios levantados pela Natureza e, deste modo, desenvolver uma população mais autónoma.


Com os cumprimentos do grupo*

2 comentários:

Anónimo disse...

ola...queremos agradecer mais uma vez ao "Pedro Teixeira" o incentivo que nos tem dado e pedir-lhe, se possível, que nos deixasse um contacto para trocarmos impressões acerca do nosso trabalho. achamos que tem ideias muito claras e elucidativas sobre este assunto. esperamos resposta em breve...
com os cumprimentos do grupo

Anónimo disse...

Boas! Passei pelo vosso blog e achei super interessante! O tema abordado é bastante vasto, e, por isso dou-vos por conselho escolherem subtemas específicos, não se alargando muito. Se conseguirem conjugar e sintetizar toda a informação necessária e fundamental acerca deste tema alcançarão um óptimo resultado final. Boa sorte!